segunda-feira, 17 de setembro de 2012

SERENIDADE POUCA


Serenidade pouca.. Ansiedade mil. Já no sétimo mês de gestação, orientada a fazer repouso, das cinco reuniões semanais que assistia passei a frequentar duas, nas quais preciso estar por ser servidora. A minha casa parece ter recebido a visita da torcida inteira da baixada, banheiro, chão, cozinha, garagem... sinto vergonha. O menininho que carrego pode chegar a qualquer momento, ele é um bebê muito grande, por isso devo repousar.. tenho certeza que me dará menos trabalho que o bebê que tenho, de 28 anos - el marido.
Então, como dizia.. serenidade pouca! Vontade de brigar, de discutir, de mandar tudo pro espaço e todos para longe, muito longe mesmo. Minha inabilidade com a dor (costelas, virilhas, púbis, etc) me deixa louca. Páro, peço forças a meu Poder Superior, respiro profundamente, mudo o foco... Acaba ajudando. Seguir os Princípios Espirituais do programa de recuperação que pratico também ajudam. Só não posso me esquecer de que não posso modificar os outros, meus companheiros de sala, meu marido, meus amigos ou mesmo qualquer um, não posso modificar ninguém!! Aceitar as pessoas como são, sem tentar modificá-las. Sim, difícil, porém quando praticado retorna em benefício não só a si mesmo, como também às pessoas do próprio convívio.
Serenidade pouca? Sim! Mas minha recuperação não é pouca coisa não, só eu sei a força que preciso ter para seguir adiante, do movimento contrário à minha vontade que faço pelo bem-estar alheio, só eu sei e não é pouca não!! Estou em recuperação, tentando a cada dia ser melhor do que fui. Não vou desistir de mim mesma, de meus sonhos, do meu filho, do meu casamento, da minha família, nem da minha recuperação. Serenidade pouca? Sim. Mas só por hoje e principalmente agora, neste momento, com toda minha força peço ao Deus da minha concepção que tome minha vida e minhas vontades. 
Funciona.