quinta-feira, 28 de abril de 2011

RELACIONAMENTOS

Vivo e convivo diariamente com várias "personalidades" distintas. O ser humano necessita relacionar-se. Não fomos criados para a solidão.
Saber lidar com cada personalidade, respeitando seus momentos e suas limitações é algo muitas vezes difícil.
Em relacionamentos amorosos eu que o diga! Na tentativa de acertar muitas vezes erramos e isto é normal e natural. Mas como encarar a frustração? Não sei ao certo, apesar de ter muito em minha vida "sofrido" deste mal. Por toda a vida me vi frustrada, de diversas maneiras diferentes.
Não posso permitir que o que eu sinto interfira em minha recuperação e aí entram as ferramentas que adquiri ao longo do meu período de recuperação. Ferramentas estas que vão me salvar de mim mesma, de minha inabilidade com a dor, de minha necessidade de não sofrer.
Sou adicta e me encontro em recuperação. No dia de hoje, haja o que houver, o cara que eu amo me trate como tratar (ou destrate), não vou usar. Minha sobriedade está me ensinando aos poucos que só posso fazer mudanças em mim e que não devo esperar tanto dos outros. Devo aceitar o que não posso modificar. Devo dar continuidade à minha recuperação. Só por hoje!

terça-feira, 5 de abril de 2011

BEBER VENENO

Tristeza e melancolia costumam me afligir. Falta de aceitação com as coisas ao meu redor me perturbam com uma frequência incomodativa.
Dor no peito, angústia, irritabilidade. Mesmo dando manutenção à minha recuperação, às vezes a sensação de fracasso me toma e por instantes penso em desistir de tudo, principalmente da vida. Tais pensamentos são como beber veneno.
No dia de hoje, haja o que houver, não vou desistir. Vou usar de todo meu conhecimento para sobreviver mais um dia à minha adicção. Lembro a todos que esta doença é comportamental (def. oriunda do inglês adiction, adicionar) e que adiciono coisas à minha vida com facilidade, principalmente as prazerosas. Saber viver apenas com o que possuo em meu interior é uma arte que ainda não desenvolvi e que almejo um dia ter como hábito. Por enquanto luto com todas minhas forças pela minha sobriedade e contra minha fudida auto-piedade.
Força a todos! Viver um dia de cada vez funciona! Tem funcionado para mim há quinze minutos, oito horas, nove dias e onze meses. Força!