quinta-feira, 11 de março de 2010

Ressaca medicamentosa - vol.II

Mais de 30 horas após a anestesia local. Senti muita vontade hoje de tomar remédio para dor e estive durante todo o dia bem mugrada. Apesar disso tudo, tive bons momentos e que me alegraram, como o carinho dos meus amigos... Ah, amigos! Sim! O que seria de mim sem eles?
Estão sempre presentes, atenciosos. Uns ligam, outros me visitam, uns conversam comigo por chats, outros me mandam mensagem de texto, de voz, enviam e-mails e imagens... Enfim! Tive todas essas experiências com meus amigos hoje.
Voltando à ressaca, mantive firmes em minha mente as palavras de meu padrinho. Só eu sei a sensação divina que sinto após uma superação. Este prazer é imenso e não passageiro. É único e gratificante. É meu.

Ressaca medicamentosa - vol.I

Tive pesadelos, tirei meus piercings e baguncei toda a cama durante meu sono. Tontura, dor de cabeça, dores pelo corpo, mau humor e desarranjo fizeram parte dos meus primeiros momentos do meu dia.
Ontem fui ao dentista e tive que fazer anestesia local no dente que recuperei. Tive uma leve sensação de abstinência, ontem mesmo, algumas horas após a anestesia. Lutei contra minhas vontades de ficar na cama e não cumprir minhas obrigações e fui feliz.
Estou sem concentração e irritada.
Mas o incrível é que eu tenho um programa e só por hoje vou seguí-lo.

quarta-feira, 10 de março de 2010

O bom estar bem

Sentir-se assim, simplesmente. Ter bons acontecimentos na vida, estar rodeada de boas companhias, ter um bom relacionamento familiar, ter uma boa saúde.
Olhar-se no espelho e realmente ver-se, gostar da imagem ali exposta. Ver a própria vida como uma bênção e a sanidade como uma recompensa de uma luta diária.
Não ter planos e sim certezas. Saber que tudo é perfeito. Saber que se é importante para algumas pessoas. Saber da importância do dia de hoje.
Como é bom estar bem. Como é bom!

Esses dias falei numa partilha que parecia que eu gostava de sofrer, pois me senti mal por tudo estar bem. Um grande e importante amigo me abriu os olhos para o FATO de que na realidade, a palavra certa não é "gostar", mas sim estar "acostumado" com isso.
Pensar no pior, alimentar rancores e mágoas, não aceitar atitudes alheias, iniciar discussões sem fundamento, ser desonesto, trair confiança... Resultam inevitavelmente em baixa auto-estima, campos energéticos "bélicos", solidão (daquela que não te larga, mesmo rodeado por todos) e, como treva atrai treva, acontecimentos tristes virão, brigas sérias por motivos à toa, desunião e afastamentos dolorosos.

O bom estar bem é o resultado de uma série de atitudes. Lembrando que a atitude gera-se na mente, acredito que pensamentos (que posteriormente se tornarão atitudes) devem ser lapidados, trabalhados, condicionados; Devem vibrar sempre positivamente. Pensando no bem, ele surge. Eu sei, pois vivo isso a cada dia e a cada momento. Divina prática que tem o resultado do bom ESTAR BEM.

segunda-feira, 8 de março de 2010

Guerreiro da Luz - poesia

E ele saiu decidido, ia usar.
Desespero, perda, dor, motivos...
eu queria gritar, queria sacudi-lo e tirar a vontade dele de usar, mas não, não podia, não ia funcionar.
Gritei em silêncio e senti uma bola na garganta. Sua dor se tornou minha, seu desespero meu. Irmão amado, ia se perder. Estava a caminho do inferno e eu indo para meu templo. Despi meus pés, pedi chuva aos céus e chorei sangue.
No altar do meu templo, meus feitiços. Pagãos, poderosos, meus. Só meus.
Despi meu corpo, lavei minha alma. O sangue parou.
Ó terrível, porque nos corrói? Puto, cruel, vai-te. Sai dos meus, deixa-nos viver. Cretino. A desgraça carregas em forma de pó, vai-te, eu rogo!
Mas a corneta tocou, e trouxe de volta o irmão, amado irmão.
Bem-vindo, sangue do meu sangue, de volta.
A dor ainda está lá em seu coração. A amada não mais ao seu lado.
Seja forte Guerreiro da Luz, ainda tens muitas almas para ajudar.
O terrível não vai desistir de apagar tua luz, mas eu estarei sempre acendendo uma vela pagã, em meu altar, em teu nome. Guerreiro da Luz, força irmão!

Vida normal?

Pois é!
Tão difícil, porém muitíssimo fácil sim!
Logo pela manhã, veja só: Exame de sangue...
Se eu quiser ver dificuldades e impecílios, com certeza eles parecerão incrivelmente enormes. O fato de coletar sangue, por exemplo, poderia ser uma catástrofe... Mas não foi!
O enfermeiro, muito experiente, achou um acesso venoso próximo ao meu cotovelo. Isso remete minhas lembranças à um recente passado de drogadição, mutilação e destruição.
Minha vida hoje não é difícil, pelo contrário... nunca foi tão fácil, tão boa e tão saudável; Nunca fui tão feliz! Minha vida é honesta e completa.
Posso não ter ou nunca vir a ter uma vida normal, mas não troco a vida que eu tenho hoje por nada neste mundo; Nem pela vida medíocre que eu levava antes da minha drogadição, onde acreditava ser feliz, não sendo e acabando por fim a procurar a auto-destruição, nem pela minha vida loka, onde extravasei, liberando de dentro do meu ser um monstro destrutivo e cruel.
Pois é! Vida normal? Talvez hoje eu a esteja vivendo... ou não.

domingo, 7 de março de 2010

Um ano e um dia

Pois é... Um ano de vida nova

Às vezes parece que foi ontem que tomei minha primeira chapa as vera.
Mas não foi.
Não tenho mais boas lembranças daqueles momentos, não sei se foi muita prática ou se simplesmente não há como ter boas lembranças daqueles dias negros.

Só de pensar em:
A loucura que dava, hoje me dá nojo;
O pegar uma peteca no bico com o traficante, me enche de repulsa;
Vender minhas coisas, credo!

Essas coisas eu sinceramente não quero mais na minha vida.
E sou grata por cada dia que passa e eu continuei sóbria.