segunda-feira, 8 de março de 2010

Guerreiro da Luz - poesia

E ele saiu decidido, ia usar.
Desespero, perda, dor, motivos...
eu queria gritar, queria sacudi-lo e tirar a vontade dele de usar, mas não, não podia, não ia funcionar.
Gritei em silêncio e senti uma bola na garganta. Sua dor se tornou minha, seu desespero meu. Irmão amado, ia se perder. Estava a caminho do inferno e eu indo para meu templo. Despi meus pés, pedi chuva aos céus e chorei sangue.
No altar do meu templo, meus feitiços. Pagãos, poderosos, meus. Só meus.
Despi meu corpo, lavei minha alma. O sangue parou.
Ó terrível, porque nos corrói? Puto, cruel, vai-te. Sai dos meus, deixa-nos viver. Cretino. A desgraça carregas em forma de pó, vai-te, eu rogo!
Mas a corneta tocou, e trouxe de volta o irmão, amado irmão.
Bem-vindo, sangue do meu sangue, de volta.
A dor ainda está lá em seu coração. A amada não mais ao seu lado.
Seja forte Guerreiro da Luz, ainda tens muitas almas para ajudar.
O terrível não vai desistir de apagar tua luz, mas eu estarei sempre acendendo uma vela pagã, em meu altar, em teu nome. Guerreiro da Luz, força irmão!

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