domingo, 23 de janeiro de 2011

DESISTÊNCIA

É o mais fácil. Não se precisa esforço algum. Simplesmente é só deixar o desejo falar.
Eu desisto sim, mas da vida imunda que eu costumava ter. Desisto das vergonhas que passava e fazia as pessoas ao meu redor passar, com minhas bebedeiras. Desisto da insanidade do uso da minha droga de preferência, que há muito tempo era só o que havia mesmo, insanidade. Desisto de ser conhecida pelo apelido, pois hoje minha recuperação me deu um nome. Eu desisto de fazer tudo errado, desisto!
Desisto de viver ilusões, desisto de ter medo do futuro, desisto de viver de mentira.
Na realidade, essa desistência é fácil. O sofrimento, a angústia e o desespero são caminhos difíceis para mim, pois a felicidade está na minha porta de braços abertos, esperando para me agarrar. Me agarra, me pega, me consome! Faz de mim a filha de Deus esperançosa por um bom futuro, alegre a cada momento e que aceita seu passado, pois com ele aprendeu a ser a mulher que é hoje.

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